Dezembro de 2014. Um Airbus A-320, código de chamada AirAsia 8501, cruzava estabilizado no FL320 em um
voo noturno, quando o painel de alarmes alertou sobre uma falha do sistema limitador do
leme direcional. Este dispositivo atua restringindo a deflexão total do leme em altas velocidades, a fim de evitar um excesso de carga estrutural na deriva. Os procedimentos
operacionais determinam que, nesta situação, os tripulantes devem efetuar um reset dos dois computadores de voo (FAC
– Flight Augmented Computer) através de botões localizados no painel superior
da cabine de pilotagem. Por três vezes, os pilotos realizaram esta ação e a falha sumiu. Mas a mensagem voltou a ocorrer uma quarta vez e,
agora, os pilotos escolheram um procedimento que tinham visto ser feito pela
equipe de manutenção no solo: reset dos disjuntores (CB’s – Circuit Breakers)
dos Computadores de Voo.
O reset dos CB’s (não previsto pelo procedimento
operacional) desativou os FAC de um modo diferente do reset pelo botão do
sistema. Resultou no desengajamento do piloto automático (AP), do
controle automático de empuxo (AT) e na reversão do sistema eletrônico
de comandos de voo (FBW - fly-by-wire) do modo Normal da lei de controle para
o modo Alternado. Por alguns segundos, os dois tripulantes concentraram sua atenção para a série de mudanças ocorridas durante o reset dos CB’s e deixaram de lado o
controle da aeronave. Sem o piloto automático, o aparelho começou a se inclinar
suavemente para a esquerda e um dos pilotos, quando percebeu, atuou
decisivamente no manche lateral (sidestick), aumentando a atitude em arfagem
até cerca de 45 graus cabrados. O A-320 subiu com elevada razão positiva,
atingindo 38.000 ft de altitude, enquanto a velocidade reduzia até um mínimo de 55 KIAS. Agora, em condição de estol, a aeronave começou a perder
altura rapidamente, com uma razão de descida de mais de 12.000 ft/min, enquanto
o piloto mantinha o manche lateral puxado para tentar deter, sem sucesso, a queda
vertiginosa. O aparelho com 162 ocupantes precipitou-se no mar sem deixar
sobreviventes. O relatório de investigação aponta, entre outras causas, a “incapacidade
da tripulação de controlar o avião em modo Alternado das leis de controle de
voo, resultando em extrapolação do envelope normal de voo e uma condição de
estol”.
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Figura 1 - Air Asia 8501 chega a 45 graus cabrado e depois desce estolado desde 38.000ft até colidir com o mar, sem deixar sobreviventes |
O acidente da AirAsia tem características operacionais
muito semelhantes com outro caso ocorrido cerca de cinco anos antes, em 2009, com
um A-330, voo Air France 447, onde uma falha do sistema de indicação de
velocidade provocou respostas dos tripulantes nos comandos de voo que levaram
ao estol e à perda de controle, vindo também a precipitar-se no oceano, resultando na morte de 228 pessoas. O que chama a atenção é que as conclusões do acidente com o AF447 já haviam sido divulgadas, mas não foram suficiente para impedir uma repetição das respostas inadequadas dos pilotos do AirAsia.
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Figura 2 - Air Asia 8501 e Air France 447: dois acidentes que evidenciaram a dificuldade de controle em modo degradado das leis de controle de voo |
POR QUE AUTOMATIZAR
Sempre que acontece um acidente com aviões automatizados,
surge a pergunta: por que tanta automação nos aviões modernos? Já que este fator aparece nos acidentes, não seria melhor remover a automação? Na
verdade, não. A resposta tem duas fortes justificativas: segurança operacional e redução de custos. A automação está
presente em vários sistemas de uma aeronave, como autobrake, autopilot,
autothrottle, autolanding, etc, mas aqui vamos nos concentrar apenas em CONTROLES DE VOO.
No aspecto da segurança, um avião equipado com sistema de
controle de voo Fly-by-Wire (FBW) pode
incorporar proteções no envelope de voo que evitam, por exemplo, que o avião
estole, que ultrapasse velocidade máxima ou o fator de carga limite. São
características desejáveis para a segurança operacional.
No quesito custo, é conhecido o fato que, quanto mais recuado
o centro de gravidade de uma aeronave, menor a força exercida para baixo pelo
conjunto estabilizador horizontal/profundor e, consequentemente menor o arrasto
e melhor o consumo. Todas as companhias
aéreas estão muito interessadas em aviões com consumo mais baixo. Acontece que
o deslocamento do centro de gravidade para trás reduz a estabilidade em arfagem, eventualmente dificultando a pilotagem. Entretanto, atualmente é possivel projetar um avião com a desejada estabilidade diminuída (mais econômico) e que
seja pilotável com facilidade, pois a perda de estabilidade pode ser
compensada pelas leis de controle de um sistema FBW.
COMO FUNCIONA O
CONTROLE DE VOO FLY-BY-WIRE
Em um avião convencional, o piloto atua nos controles e isto
provoca diretamente uma deflexão nas superfícies de comando. Até aí, nenhuma novidade.
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Figura 3 - Arquitetura simplificada de
controles de voo mecânicos (convencionais) e comandos eletrônicos (fly-by-wire)
Nos aviões com comandos de voo eletrônicos FBW, o piloto não
atua nas superfícies de comando. Na verdade, a deflexão do manche envia uma
ordem eletrônica para um computador de voo. Em arfagem, por exemplo, dependendo
do fabricante, a instrução do movimento do manche pode ser modificar o fator de carga (g). Com o
avião reto e nivelado, o fator de carga é de 1,0g. Quando o piloto deflete o manche
a cabrar, isso envia uma instrução para aumentar o fator de carga de 1,0g para,
digamos, 2,0g enquanto o comando estiver defletido. O sistema vai aplicar este
fator de carga e a atitude da aeronave modificará, levantando o nariz. Quando o
piloto solta o manche de volta para neutro, cessa a instrução de 2,0 g e a
aeronave se estabiliza em uma nova atitude, digamos com 30 graus cabrados (figura 4).
Depois que esta instrução é enviada e que o manche voltou para neutro, o
próprio sistema vai sentir eventuais variações em torno daquela instrução
inicial e vai se autocompensar. O profundor vai mudar sua deflexão para manter
aquela atitude de 30 graus cabrados sem que o piloto precise tocar no
manche. Se a velocidade diminuir e o nariz
pesar, o fator de carga tende a diminuir, e então o sistema aumentará a deflexão
do profundor para manter 1,0g. Em alguns casos, o estabilizador
horizontal também modifica sua posição automaticamente sem que o piloto interfira
ou mesmo saiba. Durante todo o tempo, o sistema está se compensando para
cumprir a última instrução recebida. Esta característica é muito desejável em
aviões com estabilidade reduzida - aquela advinda do recuo do centro de
gravidade e que resulta em menor arrasto e menor consumo.
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Figura 4 – Exemplo de leis de controle de voo FBW em
arfagem – fonte: Airbus FTCM
A pilotagem de um avião com controles eletrônicos é muito
mais fácil e segura do que de um aparelho convencional. Como é um sistema regido
por software, o fabricante pode incorporar proteções para manter a aeronave
dentro de certos limites que serão escolhidos no projeto. Por exemplo, o avião
nunca deve chegar ao ângulo de ataque de estol. Por mais que o piloto mantenha
o manche puxado para trás, o sistema detecta a proximidade do estol – por sensores
de ângulo de ataque - e começa a diminuir a deflexão do profundor para que o
ângulo de ataque de estol nunca seja atingido. É uma proteção muito bem vinda
para a segurança operacional.
Outra vantagem do FBW é igualar comportamento de aviões
diferentes. Como a resposta do avião é regulada por um software de controle de
voo, é possível fazer com que aviões diferentes tenham o mesmo tipo de
resposta, o que é extremamente desejável pelas companhias aéreas para diminuir
o custo de treinamento das tripulações.
QUAL O PROBLEMA ATUAL
DO FLY-BY-WIRE?
Não resta dúvida que os sistemas eletrônicos de controle de
voo trazem um substancial incremento na segurança operacional, diminuindo o
número de acidentes por erros humanos. Mas a automação também trás outros dois efeitos.
Um deles é a degradação das habilidades de pilotagem em voo manual e, o segundo, a maior
dificuldade de controlar o avião quando o FBW sai do modo NORMAL para um modo
degradado.
No primeiro caso, o piloto não tem mais a oportunidade de perceber as respostas
naturais da aeronave, como o nariz pesado ao entrar em curva ou a guinada quando um dos motores falha. O sistema compensa tudo. Pilota-se uma lei de controle, um software. Então as habilidades aprendidas na instrução básica são perdidas.
O segundo caso é a transição das leis de controle para um modo degradado. Para funcionamento integral e com proteções de envelope
operacional, as leis de controle de voo necessitam de informação de vários
sistemas do avião. Quando tudo está funcionando, o FBW está no chamado modo
NORMAL das leis de controle, com todas as características de estabilidade e todas as
proteções de envelope ativas, como proteção de estol, de fator de carga ou de
excesso de velocidade. Quando algum sistema do avião deixa de funcionar,
algumas das proteções são removidas por falta de informação e as leis de
controle de voo revertem para modos degradados, com diferentes nomes
conforme o fabricante. O nível mais baixo de degradação é o chamado modo
DIRETO, onde quase ou nenhuma proteção está presente e o avião deve ser
pilotado de forma convencional. No caso de ser um aparelho onde a reduzida estabilidade estava sendo compensada pelo FBW, agora no modo DIRETO pode haver uma dificuldade maior de
controle.
Vejamos a manobra de puxar o nariz para escapar de colisão com o
terreno (CFIT). Em um avião convencional, o piloto deve dosar continuamente a
atuação no comando de profundor para evitar o estol. No avião protegido, o
piloto pode trazer o manche no batente, pois o sistema vai controlar o ângulo de ataque máximo sem deixar o avião estolar ou exceder o fator de carga limite, obtendo um desempenho ótimo
na maioria das vezes.
Apesar de o FBW ser mais fácil de pilotar e mais seguro, aqui surge um problema para o tripulante que passa ano após ano treinando defletir o manche no batente enquanto o sistema se protege: como ele irá reagir quando as proteções de envelope não estiverem mais ativas? Será que as respostas que vimos nos acidentes com o Air Asia 8501 e o Air France 447 nos dão alguma pista? Nos dois casos, os aviões perderam o modo NORMAL do FBW e, consequentemente, a proteção contra estol. E os pilotos de ambos reagiram como se as proteções estivessem presentes, provocando o estol, a perda de controle e o acidente fatal.
Pilotos de aviões com sistemas FBW têm sido treinados a
reagir considerando as proteções no envelope de voo. Mas quando a situação se
degrada e, por algum motivo, aquelas proteções deixam de funcionar, o
tripulante passa a ter em mãos um avião com comportamento completamente
diferente do que ele está acostumado. Ele não pode mais atuar nos comandos de
voo da forma como foi treinado. E, o pior, as proteções muitas vezes se desativam por
uma condição anormal de voo. Ou seja, o
avião automatizado conduz o voo em condições normais até o momento em que se depara com uma situação com a qual o sistema não pode lidar, e aí ele devolve para o
piloto um avião com características de controle bastante distintas e, eventualmente, em condições de voo extremas: ou seja, receita para o
desastre.
Em maio de 2019, um Sukhoi SuperJet 100, decolando de
Moscou, foi atingido por um raio ao cruzar cerca de 8.000ft e sofreu danos no
sistema elétrico. O FBW reverteu do modo NORMAL para o modo DIRETO. Os pilotos
decidiram regressar para pouso no mesmo aeródromo. A aproximação ocorreu sem
grandes problemas até o cruzamento da cabeceira da pista. Ao executar o
arredondamento para pouso, com velocidade em torno de Vref + 16 kt, o relatório
apontou que “o piloto trouxe as manetes de tração para IDLE e o
sidestick para trás, mas com movimentos
de amplitude exagerada, indo do batente a cabrar ao batente a picar, mantendo o sidestick por um tempo
relativamente longo nestas posições extremas”.
Neste evento, o primeiro contato com a pista ocorreu novecentos metros após cruzar a cabeceira, em atitude quase nivelada mas com o piloto comandando o sidestick no
batente a cabrar. Menos de meio segundo após o toque, o sidestick foi levado
para o batente a picar, mas a aeronave já estava subindo ao ar novamente.
Agora, com o sidestick ainda totalmente a frente, a aeronave volta para o solo e
bate com o trem de pouso de nariz primeiro. Mas o piloto já havia comandado outra
vez para o limite a cabrar pouco antes do toque do trem dianteiro, causando um
forte movimento para cima. Após a primeira quicada, e com o avião no ar, o piloto
trouxe as manetes de tração para posição de “Maximum Reverse”, mas as conchas
dos reversores não abriram porque não havia sinal positivo de que as rodas
estavam no solo (WOW). Quando o avião tocou pela segunda vez, as conchas
começaram a abrir e o ciclo foi completado após a segunda quicada para cima. Mas
não houve aumento de tração dos reversores, pois não havia sinal de WOW. Nesta segunda quicada para o alto, o avião atingiu 18ft de altura e as manetes foram avançadas para modo TAKEOFF enquanto o sidestick
era comandado para o batente a cabrar novamente. A ação foi interpretada
pelos investigadores como uma tentativa de arremetida mas, como as conchas dos
reversores estavam abertas, os motores simplesmente não aceleraram. Ao retornar para a pista com força uma terceira vez, o avião sofreu danos estruturais no trem de pouso e asa, que
resultaram em vazamento de combustível e fogo na parte traseira da fuselagem
enquanto a aeronave deslizava pela pista. Ao final, 41 pessoas sofreram lesões
fatais por fogo e fumaça.
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Figura 6 - Acidente com Sukhoi Superjet 100 com controle de voo em
modo DIRETO: dúvidas sobre as habilidades do piloto para controlar o avião no
pouso
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Embora a investigação ainda esteja em curso, os dados do relatório
preliminar de investigação apontam que “os
movimentos do piloto no sidestick no controle de arfagem foram
significativamente muito amplos e oscilatórios, o que causou mudanças
significativas nos parâmetros de movimento longitudinal”. Tudo indica que seria um pouso normal sem consequências, não fossem as ações exageradas do piloto nos controles de voo. Então perguntamos novamente: o piloto tinha
sido treinado e estava qualificado para operar esta aeronave em modo DIRETO do
FBW?
TREINAMENTO
DAS TRIPULAÇÕES
Com alguns acidentes aéreos evidenciando a dificuldade de
controle da aeronave quando o sistema eletrônico de controles de voo sai do
modo NORMAL, naturalmente a atenção se
direciona para o treinamento das tripulações. Nos últimos anos, empresas aéreas
estão incorporando nos treinamentos em simulador a recuperação de estol e de atitudes anormais,
mas ainda com os comandos de voo em modo NORMAL, ou seja, com as proteções de
envelope ainda ativas. Contudo, em modo DIRETO as respostas podem ser bem diferentes. Que habilidade para voar manualmente e em modo degradado terá um piloto
após anos voando aviões com proteção do envelope?
De maneira geral, quando se identifica comportamentos
diferentes em uma aeronave por falha de sistema, isto é incorporado no
treinamento. Por exemplo, um avião multimotor com falha de um dos motores tem
características diferentes pela assimetria de tração e, por isso, a operação
com um motor inoperante passa a fazer parte do treinamento.
Um avião com sistemas eletrônicos de controles de voo também
pode ter comportamentos diferentes em modo NORMAL e em modo DIRETO. É notório
que as habilidades dos pilotos em voo manual tem se degradado devido à
excessiva dependência da automação, mesmo com todas as proteções ativas. O tempo gasto atualmente em pilotagem é muito baixo pois, quando
um avião está operando com todos os sistemas, a tarefa dos pilotos é apenas de monitoramento. Quando algo errado acontece, é necessário um tempo para se
transicionar da atividade de monitoramento para a de execução. Se a condição
exigir respostas rápidas, estas respostas serão instintivas e podem ser erradas, como já vimos. Quando
a anormalidade envolver a perda das proteções das leis de controle, a situação
pode se complicar enormemente, pois a reação instintiva do piloto nos comandos será
aquela que ele exercitou com o avião em modo NORMAL de controles de voo.
Os sistemas de controle de voo eletrônicos tem redundância
tripla, às vezes quádrupla, para evitar uma falha completa do sistema.
Entretanto, a probabilidade de falha, mesmo que baixa, ainda existe e o piloto
continua sendo a última barreira para evitar – ou, às vezes, precipitar – o
acidente. Ao constatarmos uma incidência de
falhas de sistema FBW que estão sendo mal administradas – e os acidentes estão
apontando isso – então é hora de direcionarmos a questão aos fabricantes,
operadores e, principalmente, às autoridades aeronáuticas: não está na hora de
incorporarmos nos treinamentos dos tripulantes a operação de voo manual em modo
DIRETO?
Referências:
Excelente artigo! Pontua as características dos sistemas FBW de forma clara e direta e faz uma importante análise dos eventos envolvendo está tecnologia, bem como, aponta ações práticas que segundo meu entendimento, se implementadas aumentarão a segurança operacional e conseqüentemente pouparão vidas.
ResponderExcluirCaro Travassos, muito obrigado pelo elogio e pelos comentários. Grande abraço!
ResponderExcluirMuito bom o material
ResponderExcluirMuito obrigado!
ExcluirExcelente conteúdo. Tenho saudades de quando montava polias e cabos de comandos nos EMB145.Abraço.
ResponderExcluirMuito bem escrito o artigo David! Voce expressou no final do texto uma opinião que compartilho tambem. Acho que o "type rating" deveria incluir proficiencia em manobras com o comando da aeronave FBW em modo direto.
ResponderExcluirMuito obrigado pelo feedback, Armando!
Excluir90% do treinamento é focado em CRM e o famoso "teatro" na solução dos problemas. Somos treinados a ser extremamente fiéis ao MGO, SOP e toda a papelada legal. E muito pouco treinados em pilotagem e solução direta!
ResponderExcluirPara o operador e orgaos reguladores, é muito mais importante que nos livremos de um processo legal do que da morte!
Como só voei aviação geral fica uma pergunta para quem entende:
ResponderExcluirDepois de um estol catastrófico no FL380 com 55KTS o meu singelo conhecimento seria de colocar o nariz da acft lentamente para baixo, aplicar gradativamente potencia e ir recuperando lentamente.
Mas sei que no 380 o ar é muito rarefeito, este procedimento teria alguma valia ou depois do estol não serviria mais de nada ?
Como os aviônicos estavam funcionando os pilotos teria como verificar a arfagem, acho....
Depende...como em todo avião moderno, com tendência a CG recuado no projeto, o comportamento no stall é completamente diferente de um avião 'geral' e ao invés de afundar o nariz, afunda a cauda, iniciando um 'deep stall' onde quase nada pode ser feito. O maior problema da aviação FBW é a retirada da consciência situacional dos pilotos, que ao perceberem o stall é tarde demais.
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